Uso irracional de medicamentos e plantas medicinais contra a COVID-19 (SARS-CoV-2): Um problema emergente
Capa Revista Cientifica BJHP V2 N3 2020
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Palavras-chave

Automedicação
Medicamentos
Fitoterápicos
Plantas medicinais
SARS-CoV-2
COVID-19
Farmacêutico
Pandemia

Como Citar

Brito, J. C. M., Lima, W. G., Cardoso, B. G., Simião, D. C., Amorim, J. M., & Silva, C. de A. (2020). Uso irracional de medicamentos e plantas medicinais contra a COVID-19 (SARS-CoV-2): Um problema emergente. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 2(3), 37–53. Recuperado de https://revistacientifica.crfmg.emnuvens.com.br/crfmg/article/view/102

Resumo

Introdução: A COVID-19 é uma doença viral que tem afetado quase 21 milhões de pessoas em todo o mundo. A letalidade e morbidade considerável, facilidade de contágio e falta de medicamentos específicos contra a COVID-19, tem gerado o medo que intensificou o hábito na população brasileira da automedicação. Objetivos: Essa revisão teve por objetivo abordar as questões críticas relacionadas ao uso irracional de medicamentos e plantas medicinais contra a infecção causada pelo novo coronavírus. Resultados: a veiculação de fake News nas mídias sociais, divulgação de resultados científicos preliminares de maneira irresponsável e escalada das prescrições de medicamentos sem indicação de eficácia comprovada tem impulsionado o uso irracional e indiscriminado de medicamentos e plantas medicinais contra o SARS-CoV-2. Foram constatados aumentos importantes na dispensação de fármacos sem comprovada eficácia clínica contra a COVID-19, especialmente no caso da ivermectina (1.22%), vitamina C (180,01%), hidroxicloroquina (67,93%) e vitamina D (35,56%). Assim, o papel do profissional farmacêutico é essencial na educação em saúde, promoção do uso racional de medicamentos, e acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes com a COVID-19. Conclusão: A utilização de medicamentos e plantas medicinais com indicação de eficácia e segurança limitada alcançou um patamar crítico durante a pandemia do SARS-CoV-2. Políticas de promoção do uso racional de medicamentos, fitoterápicos e plantas medicinais devem ser estimuladas a fim de mitigar os riscos inerentes à automedicação nesse período.

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