Efeitos anti-inflamatório tópico e antinociceptivo do extrato etanólico de Lychnophora pinaster (Arnica Brasileira)
Capa Revista Cientifica BJHP V1 N1 2019
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Palavras-chave

Lychnophora pinaster
emulgel
efeito anti-inflamatório
atividade antinociceptiva
contorções induzidas por ácido acético
placa quente

Como Citar

Ferreira, S. F., Grabe-Guimarães, A., Assis, N. A., & Saúde-Guimarães, D. A. (2019). Efeitos anti-inflamatório tópico e antinociceptivo do extrato etanólico de Lychnophora pinaster (Arnica Brasileira). Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 1(1), 26–39. Recuperado de https://revistacientifica.crfmg.emnuvens.com.br/crfmg/article/view/85

Resumo

As espécies do gênero Lychnophora, conhecidas no Brasil como arnica,são utilizadas na medicina popular brasileira para tratar inflamação, dor, reumatismo, contusões, hematomas e picadas de insetos. Em estudos prévios o extrato etanólico de Lychnophora pinaster apresentou ação anti-inflamatória e antinociceptiva. No presente trabalho, o extrato etanólico das partes aéreas de L. pinaster foi submetido a fracionamento cromatográfico em coluna de filtração em sílica gel para obtenção das frações hexânica, diclorometânica, acetato etílica e metanólica. O efeito tópico do extrato etanólico e de suas frações, veiculados em emulgel a 5 %, foi avaliado sobre o edema de pata induzido por carragenina em camundongos Swiss. Os tratamentos com o extrato e suas frações foram capazes de reduzir significativamente o edema, sugerindo a presença de substâncias de polaridade baixa, média e alta atuando em sinergismo para o efeito anti-inflamatório do extrato. A avaliação da atividade antinociceptiva do extrato etanólico e das suas frações foi realizada em camundongos Swiss utilizando dois protocolos in vivo, método da placa quente e de contorções induzidas pelo ácido acético. As frações foram administradas, por gavagem, na dose de 100 mg/kg. Indometacina foi utilizada como fármaco de referência para o teste de contorções induzidas por ácido acético e morfina para o teste da placa quente. O extrato etanólico e suas frações mostraram atividade antinociceptiva pelo método de contorções induzidas por ácido acético, o que sugeriu a presença, nesta fração, de compostos com ação em nível periférico, atuando sobre a modulação da liberação de substâncias que induzem a nocicepção. O extrato etanólico e as frações acetato etílica e metanólica demonstraram atividade também pelo método da placa quente, com efeito semelhante ao exercido pela morfina. Este resultado indicou a presença no extrato de substâncias, de polaridade média a alta, que parecem atuar em nível central. Os resultados demonstraram as ações do extrato etanólico da arnica na inflamação e dor e o potencial da espécie L. pinaster para o tratamento destas condições. Os terpenos, flavonoides e ácidos fenólicos, isolados anteriormente de L. pinaster, podem ter relação com os efeitos anti-inflamatório e antinociceptivo do extrato etanólico.

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