Resumo
O objetivo deste trabalho foi investigar as formas de descarte de medicamentos por residentes em município do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. Foi realizado um estudo transversal, tipo inquérito populacional domiciliar, com amostra aleatória de 382 moradores, por meio de um questionário de elaboração própria, com as seguintes variáveis: sociodemográficas, condições de saúde, medicamentos em uso e acesso ao serviço de saúde e ao medicamento. Os participantes eram predominantemente do sexo feminino (73, 6%), autodeclarados pardos (59, 4%), com baixa escolaridade (40, 8% ensino fundamental incompleto), casados ou moravam com companheiro (51%), com boa saúde (61%), não tabagistas (70, 9%) e que não praticavam atividade física regular (53, 1%). Quando questionados sobre o acesso ao serviço de saúde, 91, 9% e 91, 4% residiam a menos de cinco quilômetros da unidade básica de saúde e da farmácia básica, respectivamente. Em relação à última consulta médica, 40, 8% a realizaram no último mês. Sobre o destino das sobras de medicamentos, 64, 1% jogam no lixo doméstico e 17, 3% descartavam os vencidos no vaso sanitário. Conclui-se que há uma prática inadequada de descarte de medicamentos. Nessa perspectiva é reconhecida a importância de um programa de gestão sobre as práticas adequadas de descarte. Assim, estratégias para o aprimoramento das relações entre as unidades de saúde da rede de atenção devem ser desenvolvidas na tentativa da destinação segura dos medicamentos e da conscientização pela proteção do meio ambiente.