Mutações no Gene da Pró-proteína Convertase Tipo 9 e Novas Abordagens Terapêuticas para a Hipercolesterolemia Familiar: Uma Revisão da Literatura
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Palavras-chave

Hiperlipoproteinemia tipo II
Lipoproteínas LDL
Próproteína convertase 9

Como Citar

Silva, D. A., & Domingueti, C. P. (2021). Mutações no Gene da Pró-proteína Convertase Tipo 9 e Novas Abordagens Terapêuticas para a Hipercolesterolemia Familiar: Uma Revisão da Literatura. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 3(4), 32–45. Recuperado de https://revistacientifica.crfmg.emnuvens.com.br/crfmg/article/view/137

Resumo

A hipercolesterolemia familiar (HF) trata-se de um distúrbio genético caracterizado por níveis séricos elevados de lipoproteína de baixa densidade (LDL), que geralmente é resultante de mutações nos genes do receptor de LDL, da apolipoproteína B100 e da pró-proteína convertase subtilisina / kexina tipo 9 (PCSK9), as quais acarretam falha na captação celular da LDL circulante. A PCSK9 origina uma proteína que promove a degradação do receptor de LDL no interior da célula, resultando em menor retorno de receptores para a superfície celular e, consequentemente, em redução da captação celular e da depuração da LDL circulante, levando a um aumento dos níveis séricos de LDL. Esta revisão da literatura teve como objetivo analisar a estrutura da PCSK9, o mecanismo de ação desta proteína, as mutações no gene que a codifica que estão associadas com o desenvolvimento da HF e as novas estratégias terapêuticas da HF que envolvem a utilização de inibidores da PCSK9. As mutações no gene da PCSK9 de ganho de função estão associadas com níveis séricos elevados de LDL e risco aumentado de doenças cardiovasculares, enquanto que as de perda de função estão associadas com níveis séricos reduzidos de LDL e menor risco de doenças cardiovasculares. O tratamento da HF é realizado com a utilização de estatinas, as quais inibem a síntese hepática de colesterol. Contudo, esta abordagem terapêutica nem sempre é eficaz. Neste contexto, os inibidores da PCSK9, tais como anticorpos monoclonais, constituem em uma estratégia terapêutica bastante promissora para o tratamento da HF, já que os mesmos têm se mostrado eficientes para a redução de LDL sérico, e consequentemente, diminuição do risco de doenças cardiovasculares em pacientes com HF.

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