Resistência a antimicrobianos em isolados de Morganella morganii de ambientes aquáticos: uma revisão sistemática
Capa BJHP V5N1
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Palavras-chave

Morganella morganii
Ambiente aquático
Antimicrobianos
Quinolonas
Aminoglicosídeos
Tetraciclina

Como Citar

Theilor Augusto de Andrade, William Gustavo de Lima, Adrielle Pieve de Castro, Daniela Carolina Simião, & Magna Cristina de Paiva. (2023). Resistência a antimicrobianos em isolados de Morganella morganii de ambientes aquáticos: uma revisão sistemática. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 5(1), 35–48. https://doi.org/10.29327/226760.5.1-4

Resumo

Morganella morganii tem sido reconhecida como uma bactéria oportunista envolvida em infecções relacionadas à assistência em saúde em todo o mundo. Além de viver como simbionte no intestino de humanos e animais, M. morgannii é também conhecida por colonizar diferentes fontes de água. Entretanto, pouco é conhecido sobre a dinâmica de susceptibilidade aos antimicrobianos nos isolados ambientais dessa espécie. Assim, o objetivo foi investigar a resistência aos antimicrobianos em M. morganii isolados de ambientes aquáticos. Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura de acordo com a Cochrane Handbook e a pesquisa e análises dos artigos seguiram as normas do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Um total de 121 isolados ambientais de M. morganii foram avaliados a partir dos oito estudos selecionados. M. morganii foi principalmente recuperada em águas de nascentes (73/121; 60%), seguida por águas residuais (esgoto) (38/121; 31%), lago (4/121; 4%), mar/praia (4/121; 4%) e rio (1/121; 1%). Dos isolados incluídos, 31% (38/121) deles foram resistentes a pelo menos um dos antimicrobianos testados. Resistência a fármacos beta-lactâmicos, aminoglicosídeos, cloranfenicol, quinolonas, rifampicina e tetraciclina foram relatados, bem como a presença de determinantes de resistência a quinolonas (qnrS; proteção do alvo), aminoglicosídeos (aac(6’)-Ib; modificação do fármaco) e tetraciclinas (tetD; proteção do alvo). Em conclusão, a presença de M. morganii no ambiente aquático deve ser monitorada para evitar a disseminação e a troca de genes de resistência por esse bacilo gram-negativo, medidas que podem mitigar a ineficácia das opções terapêuticas disponíveis atualmente.

https://doi.org/10.29327/226760.5.1-4
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