Prevalência de enteroparasitoses nos anos iniciais do ensino fundamental: um estudo entre crianças de uma escola municipal em Caetanópolis-MG (Brasil)
Capa BJHP V4N3
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Palavras-chave

Parasitologia
Helmintíase
Infecções por Protozoários
Entamebíase
Giardíase

Como Citar

Bianca Menezes Militão, William Gustavo Lima, & Magna Cristina de Paiva. (2022). Prevalência de enteroparasitoses nos anos iniciais do ensino fundamental: um estudo entre crianças de uma escola municipal em Caetanópolis-MG (Brasil). Brazilian Journal of Health and Pharmacy, 4(3). https://doi.org/10.29327/226760.4.3-1

Resumo

As parasitoses intestinais representam 7,3% das causas de morbidade no Brasil. O diagnóstico e o tratamento adequado dessas infecções são de grande importância para diminuir novos casos, bem como as recidivas, e as pesquisas de parasitoses intestinais em crianças em idade escolar destacam-se como medida de controle populacional das enteroparasitoses. Esse estudo objetiva investigar, em uma escola do interior de Minas Gerais, a prevalência de parasitos intestinais entre crianças que frequentam os anos iniciais do ensino fundamental. Em adição, o estudo busca verificar se áreas comuns frequentadas pelas crianças podem estar envolvidas no ciclo de contágio pelos parasitos. Trata-se de um estudo transversal conduzido com amostras coletadas entre setembro e dezembro de 2016 de 60 crianças que cursavam o ensino fundamental em Caetanópolis-MG. As fezes foram coletadas pelos responsáveis e amostras do solo, a partir das áreas de convívio da escola, foram amostradas pelos pesquisadores. Para a detecção de parasitos nas amostras coletadas, foi utilizado o método de Hoffman, Pons e Janer. A prevalência de parasitoses intestinais foi de 27% (16/60), sendo maior entre as crianças do sexo feminino e entre aquelas que frequentavam o 1º ano. Quanto aos parasitos mais frequentes, os protozoários se destacaram, sendo recuperados cistos de Entamoeba coli (63%; 10/16), Entamoeba histolytica/E. dispar (25%; 4/16) e G. lamblia (6%; 1/16). Monoparasitismo foi mais comum (69%; 11/16), mas biparasitismo (25%; 4/16) e poliparasitismo (6%; 1/16) foram também observados. Nas amostras de solo não foram recuperadas estruturas parasitárias. Em conclusão, crianças do ensino fundamental em Caetanópolis/MG apresentam uma considerável taxa de infecção por parasitos intestinais.

https://doi.org/10.29327/226760.4.3-1
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