Resumo
Buscando investigar o nível de conhecimento sobre os riscos ocupacionais aos quais os estagiários de saúde estão expostos relacionados ao contato com material biológico, além das estratégias de prevenção, foi aplicado um questionário semiestruturado. Num total de 89 estagiários dos cursos de farmácia e odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, a maioria alegou existir EPI’s adequados e suficientes, informando ter recebido treinamento e orientação quanto ao uso, principalmente em disciplina da graduação. Grande parte alegou ter conhecimento de quais doenças estão expostos, sendo as hepatites e o HIV as mais citadas, entretanto houve respostas que indicaram desconhecimento sobre o assunto. Em contrapartida, quase a totalidade disse estar vacinada contra Hepatite B. Sobre a existência de um protocolo de notificação, mais de 50% informou conhecer sua existência, bem como saber utilizá-lo, mas 21% (odontologia) e 56% (farmácia) disseram que o protocolo de notificação não está acessível. Se já haviam sofrido algum tipo de acidente, 30% (odontologia) e 6% (farmácia) responderam que sim, mas nem todas as exposições foram notificadas, apesar da maioria ter recebido atendimento. O estudo destaca que os entrevistados possuem conhecimentos prévio sobre os riscos de contaminação, das principais doenças acometidas, da importância da notificação e da presença do preceptor no cenário de prática, mas revela que alguns não sabem onde se encontra o protocolo de notificação e não ficaram satisfeitos quanto as informações obtidas pós exposição.